quarta-feira, 16 de setembro de 2009

I'm a walking disaster on a road full of stress.

"Eu sei. Não deveria ter gritado, mas o que eu podia ter feito? Eu realmente pisei com força. E bem, você sabe, minha perna estava detonada. A dor simplesmente tomou conta de mim antes que eu tivesse chance de pensar. Mas até que gritar de dor teve seu lado bom. Porque minha mãe finalmente olhou para as minhas pernas, e pela primeira vez naquele dia, perguntou:
- O que houve com você? – Pensando bem, acho que não foi uma coisa tão boa assim. Tudo bem que ela se aproximou e me deixou apoiarem um de seus ombros, o que aliviou muito a dor, mas por outro lado foi ruim. Muito ruim. Quero dizer, eu não podia contar a verdade. Eu sei, mentir é errado, mas eu tinha medo da reação da minha mãe caso eu dissesse: “Ah, nada demais, mãe. A Jully só estava dando uns amassos no Paul e eu fiquei de guarda, em cima do muro, você sabe. Mas aí o pai dela chegou e bem, me jogar do tal muro foi a forma mais rápida de avisá-los que eu consegui encontrar.”
Das três uma ou a) Minha mãe faria questão de me lembrar que eu era uma aberração por não estar me amassando por ai, como ela gostava de dizer, as “garotas normais”; b) Acharia um absurdo e sairia correndo para ligar para a Sra. S., mas da Jully – já disse como minha mãe adora uma fofoca?; ou c) Jogaria na minha cara como eu fui uma idiota por ter me jogado do muro ao invés de gritar ou não sei, bater palmas. E bem, nenhuma das três opções me agradava.
Então, num momento de pânico – e provavelmente você já notou como eu reajo super bem quando estou em pânico – eu disse que tinha caído. O problema era que às vezes minha mãe sabia ser paranóica. E para o meu azar, ela estava agindo assim naquela hora.
- Caiu? Como? Mas você nem estava de salto! – Já citei como minha mãe adora aumentar minha auto-estima? Poxa, usar salto alto nunca foi meu ponto forte. Talvez me fizesse bem, já que eu era um tanto baixa demais, mas eu não conseguia me acostumar – tinha problemas sérios com o meu equilíbrio, sem contar que andar em agulhas de verdade deveria ser mais confortável.
- Eu... Eu caí da árvore. – Pois é. Desculpas esfarrapadas também não eram meu ponto forte.
- Caiu da árvore? Não acha que está grandinha demais para subir em árvores? O que você estava fazendo em cima de uma árvore?
“Brincando de ser macaca, mãe”, eu queria responder. Por que eu tinha que ser tão ruim com desculpas? E por que minha mãe tinha que fazer tantas perguntas logo hoje? Um pouquinho de consideração ia bem, né. Quero dizer, pelo menos por uma semana, essa semana de preferência, já que eu teria que agüentar meu primo...
Ok, admito. Por um momento eu realmente me esqueci do meu primo idiota. E eu podia jurar que me esqueceria de novo, e que eu só precisava respirar fundo para isso... Mas então ele apareceu. Bem de frente para mim, bloqueando a passagem para a minha cozinha. Aquilo me deixou ainda mais furiosa, sério.
- Ótimo. – Murmurei, revirando os olhos enquanto deixava todo o peso de meu corpo cair sobre minha mãe, sem me importar se aquilo estava machucando-a ou não.
- Eu ouvi berros e fiquei preocup... Bem – um sorriso maldoso habitou seus lábios avermelhados e eu senti um calafrio percorrendo toda a minha espinha – eu deveria imaginar, não? Minha querida prima sempre foi escandalosa demais.
Eu disse que estava furiosa? Digamos que o que eu sentia agora era no mínimo o triplo do que eu estava sentindo antes. Atacar seu pescoço e torcer até que ele caísse no chão sob os meus pés e implorasse para que eu parasse – depois de admitir como eu e Lucy detonávamos com o baixo idiota dele – era o que eu mais queria agora. Mas era impossível. Isso aí. Impossível.
Talvez, se minhas pernas estivessem numa condição melhor, eu pudesse me arriscar a chutá-lo em hm, suas partes baixas. Ou talvez sua canela, ou pisar em seu pé, talvez passar uma rasteira...
- Não fale assim, Gus. Dessa vez sua prima se machucou de verdade. – Espera aí. Dessa vez? O que ela queria dizer com isso? Ela estava do lado dele? MINHA PRÓPRIA MÃE ESTAVA APOIANDO UM VERME NOJENTO, A OVELHA NEGRA DA FAMÍLIA? Ok, agora eu estava mesmo com raiva. Com muita, muita raiva mesmo. Mas de que adiantaria falar alguma coisa? Eu sabia que ia sobrar pra mim. Sempre sobrava."

 Um pedacinho bem³ pequeno da continuação da história do outro post. Bem pequeno mesmo.
As meninas não postaram, isso é ruim, eu acho. Me sinto sei lá... Intrometida, não sei como explicar. Enfim, anda difícil pra mim postar aqui também porque meus dias andam corridos demais. Não que eu goste, mas não tem como evitar. .-. E eu também não ando dormindo direito. E quando não durmo, não escrevo.
Enfim, comentem e me sigam no twitter, haha.

3 comentários:

  1. Hoho Gosteey (y' vooce vai seer escritoora meeo *--* /gamey

    ResponderExcluir
  2. OMG, eu estou amando a história da amélia *------* quer mais, breê T____T vou te fazer hibernas para escrever ;; qqq OIAUEIAUO brincadeira poxa '---' eu te amo bebê, esta ficando perfeitamente perfeito ♥___♥

    ResponderExcluir
  3. Amélia é nome de mulher que, como fala mesmo? Aquelas mulheres que os maridos mandam, penso* Enfim, isso não vem ao caso. EU AMEI. Eu sempre amo tudo que você escreve, porque você realmente entra na história. E puts, que mãe alok. Minha mãe riria de mim e fim hm* Fui com a cara do primo. Sinto um romance de amor e ódio vindo por aí.

    ResponderExcluir