quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Something about happiness.
Então eu estava pensando: os textos que leio e que tem algo que realmente me faz parar e pensar, todos são escritos por pessoas que por algum motivo estão infelizes. Infelizes no amor, pelo preconceito, por questões políticas. Infelizes por falta de oportunidades, de apoio familiar ou por desejarem coisas que provavelmente nunca terão. E sua infelicidade já me deu lições tão grandes, muitas vezes. Foi lendo sobre as infelicidades de muitos, que eu notei o quanto era feliz e não sabia. A gente tem essa dificuldade de enxergar as coisas boas. Chega a ser engraçado. Eu lhe digo que mesmo nos meus momentos de raiva, de choro, de tristeza e até de solidão, se eu tivesse me dado um minuto para refletir, eu teria percebido que nunca soube agradecer muito bem por tudo que eu tinha. Eu tinha a felicidade. E de todas as formas que alguém poderia querer. Isso só é um rabisco para que eu não esqueça. Agradeço aos poetas infelizes por sua genialidade, hoje eu compreendo muitas coisas bem melhor.
domingo, 20 de setembro de 2009
I don't love you like I did yesterday.
É triste perder um amigo, ainda mais quando esse amigo tinha sido por tanto tempo tão fiel e de tão inquestionável lealdade por mim. Essa é uma carta de libertação, na verdade. Só quero lhe dizer que não vou ter mais esperança alguma de que as coisas voltem a ser como antes, porque não quero mais isso. Ouvi uma vez que quando amamos alguém, é muito mais fácil ver qualidades do que defeitos, e quando não gostamos de outra pessoa, seus defeitos nos chamam mais atenção que suas qualidades. Hoje, com a cabeça limpa de qualquer sentimento de amizade que tivemos, eu posso enxergá-lo muito melhor. E não gosto do que vejo. Não gosto da pessoa que você está se tornando, ignorando tudo que mais importa por coisas que logo passam. Tentando ser um adolescente revoltado, que parece ter muito a dizer, mas que quando abre a boca, não sai nada mais que seja interessante ouvir. Procurando sempre por problemas onde não existem, apenas pra ter algo pra ocupar o tempo. E principalmente, tornando-se hipócrita, julgando os outros sem ter razão. Resumindo, você hoje tem todos os defeitos que eu mais detesto numa pessoa. E desculpe se sou sincera, desculpe por não ficar do seu lado quando você estava errado, é só que acima de qualquer amizade, eu tenho meu senso de justiça. Lamento, de verdade, que uma briga boba tenha acabado com a amizade que eu tinha com você, meu caro. Mas neste momento, tenho consciência que isso foi bom pra mim.
Com tudo isso, quero ressaltar que estou me libertando. Mentiria se dissesse que não te amei. Amei sim, com todo meu coração, a pessoa que você foi um dia. Mas não o verei mais com os olhos de uma amiga, a partir de agora você é como qualquer outro pra mim. Fique bem com todos os seus amigos falsos que falam mal de você para mim quando você não está por perto, que te julgam e que pouco conhecem a pessoa que você realmente é. Espero que aproveite seu momento.
E talvez você não chegue a ler isso, mas se ler, não pense mal de mim. Nada será mais como antes porque já deixei de confiar em você e de admirá-lo também. Sem mais desculpas, sem mais dramas, sem mais conselhos.
E como já disse Fernanda Young: “Se, agora, isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. Não se expurga um câncer sem matar células inocentes. Adeus, graças a Deus.”
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
I'm a walking disaster on a road full of stress.
"Eu sei. Não deveria ter gritado, mas o que eu podia ter feito? Eu realmente pisei com força. E bem, você sabe, minha perna estava detonada. A dor simplesmente tomou conta de mim antes que eu tivesse chance de pensar. Mas até que gritar de dor teve seu lado bom. Porque minha mãe finalmente olhou para as minhas pernas, e pela primeira vez naquele dia, perguntou:
- O que houve com você? – Pensando bem, acho que não foi uma coisa tão boa assim. Tudo bem que ela se aproximou e me deixou apoiarem um de seus ombros, o que aliviou muito a dor, mas por outro lado foi ruim. Muito ruim. Quero dizer, eu não podia contar a verdade. Eu sei, mentir é errado, mas eu tinha medo da reação da minha mãe caso eu dissesse: “Ah, nada demais, mãe. A Jully só estava dando uns amassos no Paul e eu fiquei de guarda, em cima do muro, você sabe. Mas aí o pai dela chegou e bem, me jogar do tal muro foi a forma mais rápida de avisá-los que eu consegui encontrar.”
Das três uma ou a) Minha mãe faria questão de me lembrar que eu era uma aberração por não estar me amassando por ai, como ela gostava de dizer, as “garotas normais”; b) Acharia um absurdo e sairia correndo para ligar para a Sra. S., mas da Jully – já disse como minha mãe adora uma fofoca?; ou c) Jogaria na minha cara como eu fui uma idiota por ter me jogado do muro ao invés de gritar ou não sei, bater palmas. E bem, nenhuma das três opções me agradava.
Então, num momento de pânico – e provavelmente você já notou como eu reajo super bem quando estou em pânico – eu disse que tinha caído. O problema era que às vezes minha mãe sabia ser paranóica. E para o meu azar, ela estava agindo assim naquela hora.
- Caiu? Como? Mas você nem estava de salto! – Já citei como minha mãe adora aumentar minha auto-estima? Poxa, usar salto alto nunca foi meu ponto forte. Talvez me fizesse bem, já que eu era um tanto baixa demais, mas eu não conseguia me acostumar – tinha problemas sérios com o meu equilíbrio, sem contar que andar em agulhas de verdade deveria ser mais confortável.
- Eu... Eu caí da árvore. – Pois é. Desculpas esfarrapadas também não eram meu ponto forte.
- Caiu da árvore? Não acha que está grandinha demais para subir em árvores? O que você estava fazendo em cima de uma árvore?
“Brincando de ser macaca, mãe”, eu queria responder. Por que eu tinha que ser tão ruim com desculpas? E por que minha mãe tinha que fazer tantas perguntas logo hoje? Um pouquinho de consideração ia bem, né. Quero dizer, pelo menos por uma semana, essa semana de preferência, já que eu teria que agüentar meu primo...
Ok, admito. Por um momento eu realmente me esqueci do meu primo idiota. E eu podia jurar que me esqueceria de novo, e que eu só precisava respirar fundo para isso... Mas então ele apareceu. Bem de frente para mim, bloqueando a passagem para a minha cozinha. Aquilo me deixou ainda mais furiosa, sério.
- Ótimo. – Murmurei, revirando os olhos enquanto deixava todo o peso de meu corpo cair sobre minha mãe, sem me importar se aquilo estava machucando-a ou não.
- Eu ouvi berros e fiquei preocup... Bem – um sorriso maldoso habitou seus lábios avermelhados e eu senti um calafrio percorrendo toda a minha espinha – eu deveria imaginar, não? Minha querida prima sempre foi escandalosa demais.
Eu disse que estava furiosa? Digamos que o que eu sentia agora era no mínimo o triplo do que eu estava sentindo antes. Atacar seu pescoço e torcer até que ele caísse no chão sob os meus pés e implorasse para que eu parasse – depois de admitir como eu e Lucy detonávamos com o baixo idiota dele – era o que eu mais queria agora. Mas era impossível. Isso aí. Impossível.
Talvez, se minhas pernas estivessem numa condição melhor, eu pudesse me arriscar a chutá-lo em hm, suas partes baixas. Ou talvez sua canela, ou pisar em seu pé, talvez passar uma rasteira...
- Não fale assim, Gus. Dessa vez sua prima se machucou de verdade. – Espera aí. Dessa vez? O que ela queria dizer com isso? Ela estava do lado dele? MINHA PRÓPRIA MÃE ESTAVA APOIANDO UM VERME NOJENTO, A OVELHA NEGRA DA FAMÍLIA? Ok, agora eu estava mesmo com raiva. Com muita, muita raiva mesmo. Mas de que adiantaria falar alguma coisa? Eu sabia que ia sobrar pra mim. Sempre sobrava."
Um pedacinho bem³ pequeno da continuação da história do outro post. Bem pequeno mesmo.
As meninas não postaram, isso é ruim, eu acho. Me sinto sei lá... Intrometida, não sei como explicar. Enfim, anda difícil pra mim postar aqui também porque meus dias andam corridos demais. Não que eu goste, mas não tem como evitar. .-. E eu também não ando dormindo direito. E quando não durmo, não escrevo.
Enfim, comentem e me sigam no twitter, haha.
sábado, 5 de setembro de 2009
I used to think it was over, but it's only just begun.
"- Eu estou falando sério. Você deveria ver essa perna, passar alguma pomada e fazer um curativo. – Revirei os olhos. Eu juro que não entendia qual era a dela. Quero dizer, eu estava falando da Julliet. Devia esperar por isso. Mas o que estava me irritando é que ela era minha melhor amiga, e não minha mãe. Se bem que desde que começara a sair com o babaca do Paul ela andara agindo assim, feito minha mãe. Até hoje eu não faço ideia das minhocas que aquele garoto colocou na cabeça dela, mas o que eu podia fazer? Nada.
- Eu também estou falando sério. Eu estou bem.
- Não pode estar bem, olhe o estado da sua perna! – Revirei os olhos pela segunda vez em menos de dez minutos. Acho que tinha acabado que quebrar meu próprio recorde. A questão era que se minha perna estava fatiada daquele jeito, era por culpa dela. Isso aí. Culpa da Jully. Dela e do Paul, aquele imbecil, mas era óbvio que ela não reconhecia que se eu não tivesse me jogado do muro – eu sei, uma coisa idiota para se fazer aos dezesseis anos de idade – seu pai a teria pegado aos amassos com Paul. Era óbvio que para ela aquilo era um mero detalhe. Um detalhe do qual ela seria lembrada, claro.
- Você não parecia tão preocupada com isso enquanto engolia a cara do Paul. – Fiz questão de levantar os olhos – que por um momento ficaram perdidos no sangue que escorria por meus pés – até o rosto dela. Sua boca se abriu por um momento, mas ela não disse nada. E então fez o que não devia. Riu. Pois é. Riu assim, da minha cara, na minha frente. Só Deus sabia como eu odiava quando faziam isso.
- Quantas vezes eu vou ter que repetir que você não precisa ter ciúmes, Memé? Você sabe que ainda é minha melhor amiga. Talvez eu ande passando tempo demais com o Paul, mas poxa, ele é meu namorado, você quer que eu faça o que?
“Que não me chame nunca mais de Memé e que enfie essa história de ciúmes onde o sol não bate”, eu queria responder. Mas é claro que não foi isso que eu disse.
- Eu não tenho ciúmes. Só o acho babaca demais para você. – E de fato, eu tinha razão. Paul era daqueles marmanjos que tem muito músculo e pouco cérebro. Uma vez perguntou para a professora no meio de uma prova de História como se escrevia “xícara” – é, eu também me pergunto até hoje o que ele ia fazer com a palavra “xícara” em uma prova de História, já que duvido muito que Hitler tomasse algum tipo de chá antes de mandar alguém para aquelas câmaras de gás nojentas. Mas Julliet não via isso. Ah não, ela estava encantada por Paul. Apaixonada, eu ousaria dizer. E é como todo mundo diz. O amor é cego. Jully era a prova viva disso. E aquilo me deixava enjoada. Muito enjoada.
Não que eu nunca tenha amado. Ok, na verdade eu acho que nunca realmente amei. Mas eu já tive os meus rolos, o problema é que eles sempre me achavam obcecada demais. E não, não era obcecada demais por eles. Na verdade eu acho que o meu defeito era não dar tanta atenção a eles. Porque eu sempre passava a maior parte do tempo no meu quarto, com o meu verdadeiro amor. Calma, eu só estou falando do Pherbs, meu violão. E talvez eu também devesse citar Lucy, a minha guitarra. É isso mesmo, eu tinha dois amores na minha vida e bom, acho que nenhum garoto foi bom o bastante para me tirar desse vício. Porque assim como muitos eram viciados em drogas, álcool e videogame, eu era viciada em música. E bom, acho que meus pais deveriam me agradecer por isso. Mas na verdade eles não reconheciam. Mas eu já estava acostumada, afinal, ninguém reconhecia nada do que eu fazia.
Por fim eu acabei deixando Julliet fazer uns curativos na minha perna. Achei que assim ela fosse parar de dar uma de mãe pra cima de mim. Mas bom, eu estava enganada. Era incrível como eu sempre me enganava.
- Pronto. Você precisa trocá-los à noite, quando for tomar banho. E pela manhã também. – Bufei, já que revirar os olhos pela terceira vez não adiantaria.
- Jully, eu lhe imploro. Pare com isso, eu já disse, eu estou bem. Minha perna nem está doendo mais. – E sim, eu estava mentindo. Qual é, você queria que eu fizesse o que? Berrasse que minha perna estava queimando como se estivesse em chamas e que aquilo era culpa dela? Bom, falando agora parece que seria mesmo uma boa ideia, mas eu preferi ficar quieta. Outro defeito meu. Eu engolia sapos demais. Qualquer dia ia explodir, e quando isso acontecesse, choveria sapos para todo lado. Eca.
- Então levante. – Olhei para Julliet, como se ela estivesse falando grego por um momento.
- Como?
- Você me ouviu, Amélia. Se está tão bem assim, levante. Quero ver se consegue andar.
Merda. Apesar de ser culpa dela eu estar daquele jeito, com as pernas em chamas, Julliet me conhecia bem. Ela sabia que eu estava mentindo, e eu devia saber que ela saberia disso. Afinal, se não fosse assim, ela não seria minha melhor amiga, certo? Respirei fundo e fechei os olhos, me apoiando nos braços do sofá. Fixei meus pés no chão, tentando manter o equilíbrio, e bem, eu consegui. Mas guinchei, ou melhor, gritei de dor. E aquilo a alarmou, já que ela me empurrou de volta para a cadeira e levou as duas mãos até a boca no momento seguinte. Ela estava em pânico, eu sabia disso. Só não sabia que o pânico seria tão grande, a ponto de sugerir algo absurdo.
- Eu vou ligar para Paul vir nos buscar, e eu vou com você pra algum hospital agora!
Ok. Minha melhor amiga tinha acabado de pirar de vez. Ela realmente esperava que eu fosse aceitar a hipótese de ir até um hospital? E pior ainda, com Paul dirigindo? Gargalhar. Foi só isso que eu fiz, enquanto me levantava mais uma vez, tendo o cuidado de morder o lábio para não berrar de dor, e me jogava em sua cama macia, coberta por uma colcha cor-de-rosa que combinava perfeitamente com o resto do quarto. Essa era uma das coisas que eu não conseguia entender. Eu era tão diferente de Jully. Enquanto o quarto dela e grande parte de suas roupas eram cor-de-rosa, eu praticamente não suportava a ideia de ter um par de meias dessa cor.
- Eu não estou brincando, Amélia. – E eu notei que ela não estava brincando mesmo. Julliet nunca me chamava pelo meu nome, na maioria das vezes era de Memé. Ou Lia, ou a primeira coisa que lhe passasse pela cabeça.
- Desculpe, mas se os seus neurônios não prestam mais, saiba que os meus prestam o bastante para não me deixarem entrar em um carro onde o motorista é Paul Keeler. – E não era exagero meu. Paul já tinha detonado quatro carros do pai. Carros novinhos em folha. Mas dinheiro nunca fora um problema para a família Keeler, então sempre que Paul batia algum carro, antes mesmo de chegar em casa, já havia outro o esperando. Chegava a ser irritante. Sério.
- Isso é injusto, Memé. Em nenhum dos casos a culpa foi dele. – Claro, ele não tinha culpa se estava bêbado. Com certeza o álcool simplesmente surgira em suas veias, ele realmente não tinha culpa disso. Idiota. Era isso o que Julliet parecia quando o defendia.
- Eu não quero correr o risco. E veja, – me levantei com cuidado e dei alguns passos lentos até a porta do quarto. – eu estou bem. Só vou precisar de ajuda para descer as escadas. E vai ter que me emprestar seu telefone, já que meu celular está sem bateria, e então eu vou entrar no carro da minha mãe, chegar segura em casa e vou finalmente terminar minha música. – Dessa vez quem revirou os olhos foi Jully.
Não que ela não apoiasse todo o meu amor por compor músicas, ela só não achava que a ideia de passar o dia todo presa em um quarto fosse “saudável”. Não que eu me importasse, claro.
Como eu planejava, Jully pediu que seu irmão mais velho – e que irmão mais velho – me ajudasse com as escadas, e em menos de quinze minutos eu já estava dentro do carro, com a minha mãe.
E foi aí que a coisa ficou preta. Minha mãe sequer perguntou sobre minha perna. E bem, isso já não era um bom sinal, já que minha mãe tinha o costume de se desesperar por pequenas coisas.
- Você está estranha. – Afirmei, e minha mãe suspirou. Outro sinal ruim.
- Só... Só acho que precisamos conversar. – Legal. Contanto que ela não viesse com o famoso papo de que “Eu e seu pai conversamos, e nós achamos que será melhor se nós tirássemos algumas coisas de você, coisas que te fazem mal visivelmente, como o seu violão, por exemplo”, eu realmente não me importava.
- Sobre o que? – Perguntei enquanto observava um, dois, três, cem carros nos ultrapassarem. Outra coisa que me irritava em minha mãe era que ela dirigia como uma lesma. – Se for aquela história de sempre de que eu pas...
- Não, não é sobre isso. – Ela me interrompeu, o que era um terceiro sinal ruim, já que ela nunca fazia isso.
- Então o que...? – Agora eu realmente estava confusa. Então ela me olhou pelo canto do olho.
- Seu primo está em casa. Veio passar alguns dias.
Respire, eu tentava dizer a mim mesma, mas naquela situação era melhor não respirar e morrer de uma vez. Sim, de uma vez, porque eu sabia que o stress que meu primo me causava, hora ou outra me mataria. Eu odiava meu primo, assim como ele me odiava desde... Bom, desde que eu me lembrava por gente. Não me perguntem porque. Só... Era assim. Sempre foi assim. Mas bem, nossa última briga fora a pior de todas. Porque ele colocou o meu vício no meio. Pois é, ele teve a cara de pau de dizer que era melhor do que eu tocando. E bem, aquilo me afetou. Me afetou de verdade, afinal, quem ele pensava que era? Um Deus do rock? Bom, se eu era uma merda, com certeza ele não passava de uma daquelas moscas verdes, gordas e nojentas que costumavam rodear montes de merda – ou eu, no caso.
Não que ele fosse gordo. Ou nojento. Na verdade acho que isso era uma das coisas que me faziam odiá-lo ainda mais. Ele era terrivelmente gostoso. Um pedaço de mau caminho, como diria minha avó. E como se não bastasse aquele corpo perfeitamente esculpido, ele era lindo de rosto também. E tinha olhos verdes. Entende? Olhos verdes! Quem consegue resistir a um garoto de olhos verdes? No geral nem eu não resistia, mas por Deus. Eu estava falando do meu primo. Do meu odiado primo. Então eu tentei me controlar, e pude notar que minha mãe estava me chamando desde o momento em que eu congelei no banco. Acho que eu tinha realmente me esquecido de respirar, pois quando ela me cutucou, eu pulei e inspirei profundamente, o que pareceu ser um alívio para os meus pulmões.
- Amélia? Você está bem? Olhe, eu tenho certeza de que ele irá se comportar. Sua tia o fez jurar que iria antes de permitir que ele viesse.
- Aham. – Foi tudo que eu consegui dizer. O carro virou uma esquina, e meio minuto depois nós estávamos entrando na garagem. Eu tinha me esquecido completamente dos meus planos em terminar minha música. Ou, pior ainda, de como minha perna estava dolorida, e de que eu precisava de ajuda para conseguir andar. Pena que eu não senti minha perna queimando quando abri a porta do carro.
Porque eu a bati com muita força no chão e bem, aquilo doeu de verdade.
E então eu gritei."
É, eu acho que me empolguei. Acho que me empolguei muito, e acho que deveria pedir desculpas por isso, mas... É, deu pra notar que é o começo de... Uma história. Não me perguntem sobre o que, na verdade eu ia postar outro texto aqui, mas me veio a ideia de começar esse, então... Acho que no meu próximo post eu continuo. Ou não.
O blog anda meio abandonado, deu pra notar, né? Vou ter que começar a encher o saco das meninas pra postarem. E vou ter que colocar lembrete no meu celular preu postar mais também, rs. Enfim, obrigada por ler, se é que alguém leu. E erm, é só.
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